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domingo, 22 de abril de 2012

Fiasco Cinematográfico da Vida





Sem conhecer nomenclaturas, sente o corpo e o pensamento tomados por esse estranho sentimento, diferente de tudo que já ouvira falar. Em contraste com o que desde sempre sonhou, não se sentia numa novela das oito, nem tampouco numa comédia romântica daquelas em que, depois de 100 minutos de desencontros e algumas peripécias, o final acontece, digno de contos de fadas (ou coisa parecida). Não o dela. Seu final cheirava a drama, digno sim da revolta dos telespectadores quando as luzes do cinema se acendem... Cheirava à desencontro eterno, à mocinha se jogando em queda-livre enquanto seu amado dá um trago no cigarro e dobra a esquina sem sequer olhar pra trás; seguindo seu rumo à passos largos, ainda que não saiba qual seja.. Mas o que ele e todo o mundo já sabe é que, definitivamente, o destino do moço deste primeiro filme não é (nem nunca foi) aquele único destino possível de ser traçado ao lado dela. Triste fim; pois, de tão ferida, nem sequer forças para a estreia da sequência recheada de vingança, ela foi capaz de guardar.
O que resta é arrancar os folders de divulgação e tirar a mal feita produção de cartaz, porque tão triste fim, de longe, não fora aprovado pela crítica cruel. Lixo. Inútil. “Apague essa história”.
Mas as histórias grafadas na alma são inapagáveis, inconsoláveis, irrenunciáveis. Só sabe quem sente; e há de carregar consigo os resquícios de tudo que quer esquecer, impregnados nos poros e digitais, à prova de qualquer água com sal, ainda que brote da mais cristalina fonte: o espelho da alma.

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