Sem conhecer nomenclaturas, sente o corpo e o pensamento
tomados por esse estranho sentimento, diferente de tudo que já ouvira falar. Em
contraste com o que desde sempre sonhou, não se sentia numa novela das oito,
nem tampouco numa comédia romântica daquelas em que, depois de 100 minutos de
desencontros e algumas peripécias, o final acontece, digno de contos de fadas
(ou coisa parecida). Não o dela. Seu final
cheirava a drama, digno sim da revolta dos telespectadores quando as luzes do
cinema se acendem... Cheirava à desencontro eterno, à mocinha se jogando em
queda-livre enquanto seu amado dá um trago no cigarro e dobra a esquina sem
sequer olhar pra trás; seguindo seu rumo à passos largos, ainda que não saiba
qual seja.. Mas o que ele e todo o mundo já sabe é que, definitivamente, o
destino do moço deste primeiro filme não é (nem nunca foi) aquele único destino
possível de ser traçado ao lado dela. Triste fim; pois, de tão ferida, nem
sequer forças para a estreia da sequência recheada de vingança, ela foi capaz
de guardar.
O que resta é arrancar os folders de divulgação e tirar a
mal feita produção de cartaz, porque tão triste fim, de longe, não fora
aprovado pela crítica cruel. Lixo. Inútil. “Apague essa história”.
Mas as
histórias grafadas na alma são inapagáveis, inconsoláveis, irrenunciáveis. Só
sabe quem sente; e há de carregar consigo os resquícios de tudo que quer
esquecer, impregnados nos poros e digitais, à prova de qualquer água com sal,
ainda que brote da mais cristalina fonte: o espelho da alma.
Juro que pensei que tava assistindo um filme, as cenas todas de perto. Sério, que perfeição!
ResponderExcluir:DD
ExcluirObrigada linda!! Adorei seu blog também, vou seguir! bjs
ResponderExcluir