Total de visualizações de página

quinta-feira, 1 de novembro de 2012




Difícil falar de reciprocidade, quando tudo que se recebe é o contrário do que se faz. Difícil mesmo é falar de ‘Lei do retorno’ ou qualquer coisa assim, quando parece que o tal retorno que deveria ser seu, tá sendo desviado de curso por outro alguém. Feito um córrego, um rio.. um braço de mar, que desemboca sabe-lá-deus-onde, desde sabe-lá-deus-quando.. Na verdade, você sabe sim. É desde quando você é capaz de lembrar..
De rasteira em rasteira, de poça em poça, vai-se perseverando em dar o seu melhor a quem quer que seja, apesar das suas íntimas tempestades. Não pode ser em vão, tanta doação. Preocupação, junção de esforços, torcida, aplausos, satisfação. Por outrem. Tantos, incontáveis, inúmeros“Outrens”?!. Por quem, por um descuido, tropeça em você, no meio do caminho.
Difícil mesmo não é acreditar que o retorno nunca virá. É saber quem existe quem não mova um músculo pra, ao próximo, ajudar.
Sentar e esperar? Nada feito. Melhor deixar de esperar, mas sem se deixar ‘des-esperar’.
Que a mão não pare, que o coração não endureça, que a solidão não sufoque, que a solidariedade não desapareça. E que a vontade de ser compreendido não supere a de compreender, e a de realizar não seja suprimida pela de ouvir o som do ‘agradecer’.
Keep walking; stay strong, make a chance.. e continua sendo instrumento do bem que pode ser feito, ainda que, de volta, só consiga enxergar incompreensão, orgulho, egoísmo e desamor.