Com o tempo a gente aprende que (quase) nada é eterno, e, muito menos, acontece totalmente por acaso.
Aprende que, por mais que você faça todo o bem que pode,
ainda vai receber de volta muita ingratidão. Cabe a você decidir continuar a
fazê-lo ou não, por satisfação pessoal e sem espera de retorno.
Que o que tem que ficar, dá um jeito e (de fato) fica. Ou se
vai; mas, cedo ou tarde, volta e recupera todo o tempo perdido.
Que as melhores pessoas aparecem 'aparentemente por acaso', e é o próprio Acaso que trata de sedimentá-las em sua
vida até que você mesmo se dê conta do quão preciosas elas são.
Aprende que o tempo até cicatriza, mas isso depende do poder de cicatrização de cada um. Há aqueles que, por
não saberem o que é o perdão, não deixam sarar nem mesmo um pequeno, raso e
simples arranhão.
Que ninguém é melhor que ninguém; temos apenas pontos de
falha diferentes. Naquilo que você é indefectível, se trata justamente da maior
fraqueza de outro alguém.
Que tudo que você disser, poderá (e será) usado contra você,
porque pra quem fala tudo minuciosamente calculado, ser espontâneo é um prato
cheio de contradições.
E, aliás, aprende que ser contraditório faz parte da alma
humana. É difícil ser sempre coerente em tudo, quando sequer se sabe de onde
viemos e para onde vamos.
E, dentre tantas outras coisas que essa existência nos é capaz de ensinar, o resumo da obra acaba
sendo este:
Que o tempo é professor e nos mostra, a cada segundo, o que
realmente vale a pena. E que, por mais que, por agora, a gente viva lutando
contra ele, no fim fica muito claro quem sempre teve razão..